Nossa História
A Goteira era o que não faltava na casa alugada por Pacífico Nogueira da Silva em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, quando se casou com Zulmira Laporte, em 1959. Dois meses depois da mudança para a nova residência, o casal recebeu a visita do dono do imóvel, que se espantou ao ver o telhado totalmente recuperado. Não sabia que seu inquilino era um habilidoso expert em reparos domésticos. A história correu a cidade e choveram chamados para que Nogueira da Silva consertasse os telhados de outras casas. Logo ele era conhecido pelo apelido de Goteira, nome da empresa que abriria dez anos depois em São Paulo e que se tornou uma das mais conceituadas no ramo de reforma de telhados na capital paulista.
O fundador da Goteira aprendeu os segredos do ofício em 1948, aos 48 anos de idade, como ajudante de obras. Mesmo demonstrando talento no ramo da construção, passou vários anos só fazendo “bicos” e atuando informalmente. Somente em 1969, já morando em São Paulo, Nogueira da Silva teve a idéia de improvisar uma placa anunciando sua especialidade em reparos de telhados. O telefone usado para receber os pedidos de serviços era de um despachante vizinho de sua casa, que também se encarregava de preparar os orçamentos. “Eu não sabia dar preço”, lembra o empreendedor. O negócio prosperou tanto que, hoje, a Goteira ocupa uma área de 3 mil m2 no bairro da Vila Mariana.
Com faturamento variando de 30 a 40 mil reais mensais, A Goteira chega a dobrar sua receita em períodos chuvosos, quando recebe até 50 chamados por dia. A atenção e o capricho com que o empreendedor cuida dos telhados dos clientes podem ser considerados o segredo do sucesso do negócio, que começou informalmente na residência da família Nogueira da Silva. “Hoje, reparamos serviços malfeitos de outras empresas, oferecemos laudos técnicos e damos garantia de até cinco anos”, explica Rover, filho e sucessor de Pacífico Nogueira da Silva no comando da empresa.
Com curso técnico de arquitetura e formado em desenho industria, Rover é o fiscal de obras da Goteira. O rigor começa na seleção dos funcionários. “O técnico telhadista precisa saber andar como um gato sobre o telhado. Pelo jeito de caminhar do candidato, sei se ele serve ou não”, diz o empresário, que aprendeu com o pai muito do que sabe na prática. Ele também é encarregado de estar sempre em dia com as novas tecnologias e materiais de construção. Faz cursos nas empresas fornecedoras e repassa as novidades para os 19 funcionários.